quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tordilha da noite clara

Letra: Cauê Bampi e Frederico Rangel

Montada numa moura linda
Se agiganta a lua crescente
Parece até que adentra
A janela, por cadente,
E o brilho suave continha
Um rumo de luz madrinha
Que me guiava conducente.

Encantadora imagem tua
Refletida nas aguadas
A contestada dona lua
É lume geral que afaga
Faz-se pensar vagando
Que esta até perigando
Traz saída as indagas.

Tordilha da noite clara
Avesso da escuridão
Guardiã das amarguras
Guarida pra emoção
És mentora da alma
Amenizando as espalmas
De dentro do coração

Emoldurando o olhar
Se apresenta a lua mais bela
parece que esta a beijar
Meus olhos coa face dela
Habitando algum cerne
Dá ares de que até discerne
Quem tem alma singela

Sua prata já foi aço
E o vento foi seu fio
Dando um talho no espaço
Deixou o tempo vazio
Querendo chamar o dia
Pra aquecer a alma fria
Que nesta noite partiu.

Tomo a lua por minha
Gigante por ser canção,
Vejo o olhar da santinha
Luzindo em meu coração
E o escapulário balança
Enquanto a guitarra dança
Milongueando uma oração.

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